Sintoma e Sinthoma em Lacan

Sintoma e Sinthoma em Lacan

Sintoma e Sinthoma em Lacan

Na obra de Jacques Lacan, o conceito de Sintoma e Sinthoma emerge como uma inovação significativa na teoria psicanalítica, propondo uma distinção crucial em relação ao conceito tradicional de sintoma. Além disso, o Sintoma e Sinthoma em Lacan não apenas desafia as noções convencionais sobre o sofrimento psíquico, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a estruturação do sujeito. Portanto, é fundamental explorarmos este conceito para compreender melhor a clínica psicanalítica lacaniana.

Desenvolvendo o Conceito de Sintoma

Em sua teoria, Lacan distingue o sintoma do sinthoma, não apenas como uma questão de nomenclatura, mas principalmente em termos de suas funções e implicações no sujeito. Enquanto o sintoma, no contexto freudiano, é visto como um retorno do recalcado, uma expressão simbólica do inconsciente, o sinthoma lacaniano é conceitualizado como um real, algo que escapa à simbolização e à linguagem, constituindo-se como um núcleo irredutível do sujeito. Por outro lado, essa distinção não invalida a importância do sintoma, mas destaca a complexidade da experiência humana, que não pode ser reduzida a uma única explicação.

Sinthoma e sua Implicação Clínica

Na prática clínica, a compreensão do sinthoma em Lacan implica uma abordagem diferenciada do sujeito, que não se limita à interpretação do sintoma como um mero reflexo de um conflito inconsciente. Além disso, o clínico precisa estar atento ao sinthoma como uma espécie de aporia, um ponto de irresolução que constitui o sujeito em sua singularidade. Dessa forma, a terapia não visa eliminar o sinthoma, mas trabalhar com o sujeito para que ele possa encontrar uma maneira de convivenciar com essa aporia, integrando-a à sua experiência de vida de forma menos conflituosa.

Conclusão

Em conclusão, o conceito de Sintoma e Sinthoma em Lacan representa uma ampliação significativa da teoria psicanalítica, desafiando os profissionais a pensarem a clínica de uma perspectiva inovadora. Ao aplicarmos esses conceitos na prática, somos confrontados com a complexidade do psiquismo humano e a necessidade de abordagens personalizadas. Portanto, sugerimos que os profissionais da área mantenham-se abertos às novas ideias e perspectivas, promovendo uma clínica mais inclusiva e eficaz.

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Psicanalista Marlon Nunes

Ressignificação do sujeito através da psicanálise e da linguagem.

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Psicanálise
Doutorando e mestre em Estudos de Linguagens pelo CEFET/MG, com formação em psicanálise pela ABRAFP. É membro da Ordem Nacional dos Psicanalistas (ONP) e do Conselho Brasileiro de Psicanálise Clínica (CBPC). Coordena o projeto de extensão “Apoio a Docentes via Linguagem e Psicanálise” no CEFET/MG, além de integrar importantes grupos de pesquisa, como o Infortec-Posling-Cefet/MG, o Núcleo de Pesquisa Geografia Anticolonial da UFU e o Grupo de Pesquisa Letramento de Percurso da UERGS. Autor de livros que investigam a relação entre tecnologia, psicanálise e a construção do sujeito, suas obras incluem títulos como “O Corpo Hiper-Real em Crash e a Festa Tecnológica” e “Fragmentos Humanos”, abordando desde a sedução tecnológica até questões existenciais e sociais

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